A força da mulher à frente do Setor Carbonífero de Santa Catarina

Dia da Mulher: conheça a história da presidente do Siecesc, Astrid Barato com mais de duas décadas de atuação na indústria do Carvão Mineral 

 O Carvão Mineral é muito mais do que uma indústria, mas uma fonte de orgulho e dedicação para a empresária Astrid Barato. Há 25 anos a frente da Carbonífera Catarinense, em 2022 ela deu um passo importante e assumiu a liderança do Setor Carbonífero, se tornando a primeira presidente mulher da história do Siecesc (Sindicato da Indústria de Extração do Carvão do Estado de Santa Catarina). 

 “Assumir a presidência do Siecesc como a primeira mulher a ocupar esse cargo está sendo uma experiência enriquecedora. É uma jornada repleta de desafios e superações.Ao entrar nessa posição de liderança, senti o peso da responsabilidade, mas também a possibilidade de abrir novos caminhos, de viver um momento de transformação e inspirar outras mulheres a seguirem seus sonhos”, conta Astrid. 

 O envolvimento de Astrid com o Carvão Mineral vem de berço. Filha de Fidelis e Vita Barato (In Memorian) acompanhou a luta familiar na Carbonífera Catarinense. Aos 18 anos, ela perdeu o pai de uma forma inesperada e teve que ir se desenvolvendo com muita resiliência.

 “A vida começou a ensinar quando perdemos nosso pai aos 18 anos e a vida chamou para as responsabilidades.  Fui envolvida na atmosfera desse mundo carbonífero guiada pela necessidade familiar. Minha história é entrelaçada com a paixão e a dedicação que minha família sempre teve por esse setor, fazendo com que eu seguisse o mesmo caminho”, lembra a Astrid. 

 Como presidente do Siecesc, ela lidera uma indústria composta por seis carboníferas que gera mais de 20 mil empregos diretos e indiretos no Sul catarinense. Um segmento que é responsável por fomentar a economia em diversas cidades da região. Bem como leva auxílio a 12 entidades filantrópicas, apoia projetos educacionais e que constituiu uma das maiores instituições de Ensino catarinenses em 1959: a SATC. 

 “Vejo o papel da mulher nas carboníferas como fundamental e em constante evolução. Historicamente, as indústrias carboníferas foram dominadas por homens, mas cada vez mais as mulheres estão quebrando barreiras. Aliás, não só no Setor Carbonífero, mas em muitos outros segmentos. A presença feminina traz diversidade de pensamento e habilidades. É um ganho para todos. Por isso, tanto no Siecesc como na Carbonífera Catarinense, sou uma eterna defensora de continuarmos promovendo a participação e o avanço das mulheres no mercado de trabalho, pois isso não só beneficia as próprias mulheres, mas também fortalece e enriquece toda a indústria”, analisa a presidente. 

Já são cerca de 25 anos vivenciando a realidade e os desafios do Setor Carbonífero. Como administradora da Carbonífera Catarinense, avançou em aspectos ambientais, com a implantação da ISO 14.001 e utilização do método backfill, com eliminação das barragens e o selo ODS. A segurança é um fator primordial para a empresa que possui ainda a ISO 45000. Além disso, desenvolve projetos sociais que já beneficiaram mais de 2000 famílias da região. 

Além da empresa, o grande desafio de Astrid é liderar o Siecesc durante a Transição Energética Justa. Uma forma de buscar um novo modelo de baixo carbono para o Setor Carbonífero. Com a aprovação de duas Leis – a nº 14.299, que criou o Programa de Transição Energética Justa no Brasil, e a nº 18.330, que criou a Política Estadual de Transição Energética Justa em Santa Catarina – o setor está vivenciando uma nova história. Neste sentido, ocorrerá, na próxima quinta-feira (14), o lançamento da nova marca do Carvão Mineral e abertura da mostra do Setor Carbonífero. O evento ocorre às 14h30, na sede da Acic, em Criciúma, e marca um novo momento para o segmento. 

“Resumo este desafio em uma palavra poderosa: orgulho! Em uma sociedade em que dedicamos a maior parte de nossas vidas ao trabalho, é crucial perseguir apaixonadamente o que amamos. Para mim, isso significa dedicar-me ao Setor Carbonífero, uma fonte inesgotável de paixão e propósito. Nossas batalhas e aspirações transcendem o âmbito pessoal; elas carregam o peso da responsabilidade de criar oportunidades não apenas para nós mesmos, mas também para as comunidades que servimos e para as gerações futuras”, finaliza a presidente.

Dia da Mulher: A força feminina no Setor Carbonífero

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